Design Thinking: o ser humano no centro | Blog Instituto Eldorado
12 de Dezembro de 2017

Design Thinking: a abordagem centrada no ser humano

Lucimara

Lucimara de Almeida Líder de projetos no Instituto ELDORADO

Autor

O mundo real é cheio de desafios. Desafios que muitas vezes, impedem o bem-estar das pessoas, se não solucionados.

A abordagem Design Thinking

Nela partimos de um problema em busca de uma solução, que transforme ou melhore a vida das pessoas. Suas etapas buscam explorar o desafio de diversos ângulos e perspectivas, através do mapeamento do contexto e da cultura em que está inserido, da compreensão dos fenômenos, da observação e entrevistas com as pessoas que vivenciam o problema, do reconhecimento das experiências pessoais, e da identificação dos obstáculos em busca da transposição.

Por que chamamos de abordagem e não de metodologia? No livro Design Thinking Brasil, os autores Tennyson Pinheiro e Luis Alt destacam: “…quando se fala em metodologia, logo as pessoas criam a expectativa de que vão aprender um passo a passo, uma receita de bolo. E não é bem esse o caso”.

Para que a abordagem tenha mais êxito é importante que ela seja aplicada em um ambiente colaborativo, com equipes multidisciplinares que possam contribuir com pontos de vistas diversificados, num processo não linear, com interações constantes e feedbacks.

As etapas do Design Thinking devem ser experienciadas de acordo com o desafio a ser solucionado. E este desafio deve conduzir à sua exploração, mas não restringir a visão ou as possibilidades que apareçam pela frente.

As etapas do Design Thinking

 

etapas design thinking

 

Empatia (compreender/observar)

Compreender as necessidades através das pessoas que se relacionam com o problema. Entreviste-as, veja como as pessoas lidam com isso, participe do dia a dia delas, se interesse pelo lado emocional e sobre como elas se sentem em relação ao problema. Esta etapa faz uma imersão, obtendo uma grande quantidade de informações e também de dúvidas. Realize a observação dos problemas, a pesquisa e o levantamento de informações.

Definir (foco)

Enquadrando problemas como oportunidades para soluções criativas. É o momento de organizar a complexidade gerada. Questione todos os insights recebidos, reflita sobre as informações obtidas, estude sobre casos semelhantes e como foram enfrentados (benckmarking). E o mais importante: o desafio inicial, realmente, reflete o problema identificado?

Idealizar (brainstorming)

Gerar uma gama de soluções possíveis. Esta é a etapa da ideação. É onde deve surgir uma quantidade significativa de ideias inovadoras. A equipe deve deixar aflorar todas as ideias e conceitos que surgirem à mente, sem preconceitos, sem descartá-las. É a hora de pensar em todas as possibilidades, de linkar uma ideia na outra, de usar parte de uma ideia, de usar mais de uma ideia em conjunto. Quanto mais aspectos diferentes abordarmos sobre o problema, mais ideias irão surgir para resolvê-lo. Declaradas todas as ideias, é hora de organizá-las, analisá-las e selecioná-las. Qual ou quais podem ser a solução criativa do desafio?

Prototipar (construir)

Comunicar os elementos principais de soluções para os outros. Com as ideias selecionadas para a solução, é hora de construir e ver se elas, realmente, funcionam. Desenhe, esboce, faça protótipos. Isso faz com que as ideias se materializem. É a tangibilidade da ideia. Ainda que imperfeito, um protótipo tem o objetivo de passar a sensação do que se quer atingir, a intenção e potencial do que será criado, mesmo sem ter a solução pronta.

Testar

Aprender o que funciona e não funciona para melhorar soluções. O momento de ver os pontos fortes e fracos do protótipo. Para isso, os testes devem ser realizados com as pessoas que convivem com o problema que você tem que resolver e é delas que virão os insights e contribuições. Inclusive, essa etapa pode mostrar que a ideia escolhida precisa de mudanças. Esteja atento e ouça os feedbacks. Com os erros e acertos a experiência vai tornando-se maior. O protótipo e o teste tem a intenção de apresentar a ideia de forma rápida, errar logo e ter sucesso o quanto antes.

Implementar

Colocar a ideia em prática (nesta fase já se torna um produto real). Não devemos esquecer que o processo de desenvolvimento do produto é contínuo e incremental, ou seja, a ideia poderá ser melhorada de forma permanente. E se necessário, podemos voltar a qualquer uma das etapas do design thinking, para que se retome a abordagem para a evolução da ideia.

Conclusão

Assim, a abordagem Design Thinking se utiliza de um conjunto de práticas que estimula a criatividade e do ponto de vista das pessoas que irão utilizar os produtos. De forma não linear, pode-se voltar a qualquer uma das etapas, sempre que julgarmos necessário. Lembrando que um bom planejamento ajuda na organização do trabalho e na preparação da equipe que irá utilizar a abordagem.

Algumas informações que podem lhe inspirar e ajudar a descobrir um pouco mais sobre o assunto:

O pessoal da MJV Technology and Innovation disponibiliza um e-book free sobre o assunto: http://www.livrodesignthinking.com.br/

A Universidade de Stanford disponibiliza um curso online free, chamado Design Thinking Action Lab: https://novoed.com/designthinking

Além da série de vídeos intitulada “Extreme By Design”, utilizada no curso Design Thinking Action Lab, que está disponível aqui: https://goo.gl/PjVysZ

 

Este artigo foi originalmente publicado em: https://trendr.com.br/design-thinking-a-abordagem-centrada-no-ser-humano-3e0f70885c14

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