Oficina Tecnológica Lab-On-Chip - Instituto Eldorado
10 de Outubro de 2017

Oficina Tecnológica Lab-On-Chip

(10/10/2017)
Em seu primeiro ano, a equipe trabalha com tecnologias de microfabricação e microfluídica para viabilizar que chips realizem diagnósticos laboratoriais
A tecnologia Lab-On-Chip consiste em sintetizar todo um laboratório de análises clínicas em um chip, mediante dispositivos microfluídicos. Por meio dessa técnica, exames podem ser colhidos no leito do paciente utilizando um aparelho compacto e facilmente transportável. Além disso, a tecnologia gera uma grande economia na cadeia hospitalar.
“Dispositivos Lab-On-Chip podem ser utilizados em qualquer tipo de análise química, como qualidade da água (metais pesados, algas e outros), análise de combustíveis, microrreatores para indústrias químicas e detecção de diversos outros tipos de doenças, sendo, essa última, o foco de estudo da oficina”, explica Guilherme Fonseca, Líder de Projetos do Eldorado.
Por meio da engenharia de dispositivos miniaturizados, a oficina busca se capacitar em tecnologias de microfabricação e em projetos de dispositivos microfluídicos do tipo Point-Of-Care (PoC). “Os microfluidos permitem que uma análise química seja feita por intermédio de microdispositivos. Esses dispositivos, por sua vez, permitem realizar análises químicas complexas, com reação, separação e análise de produtos de reação, tudo em um único chip”, elucida Fonseca.
Na última década, a complexidade dos dispositivos do tipo PoC vem aumentando. Eles podem realizar desde simples testes de glicose até a detecção de vírus como o HIV e Influenza. A tecnologia Lab-On-Chip, em conjunto a uma unidade de controle, pode ser responsável por todo o processamento da amostra de sangue em um ambiente controlado, mantendo a mesma qualidade dos exames realizados em complexos laboratórios e podendo ser operada por qualquer pessoa com treinamento básico. Além disso, a detecção do problema médico é agilizado e o tratamento aplicado com mais eficácia.
“O atual processo de preparação da amostra de sangue é longo, exigindo grande infraestrutura laboratorial e profissionais extremamente treinados para execução das etapas do processamento da amostra sanguínea. Com a tecnologia de Lab-On-Chip, esse processo sofrerá uma ampla otimização, refletindo na melhoria do sistema de saúde e no atendimento ao paciente”, finaliza Fonseca.
Sobre as Oficinas Tecnológicas
O Instituto elege entre 5 e 8 temas tecnológicos para compor o conjunto de Oficinas. Cada uma delas tem a mesma estrutura de um projeto de P&D que o Instituto conduz com seus parceiros, com um plano de execução, cronograma de atividades, orçamento, gestão dos recursos humanos envolvidos, eventos de capacitação, parcerias externas, metas, relatórios, pontos de demonstração e, dependendo do caso, análise de viabilidade técnico-econômica, análise de Business Case e plano de comercialização.
As oficinas envolvem aproximadamente 20% da base de colaboradores por ano. O trabalho envolve as três unidades – Campinas, Brasília e Porto Alegre, o que também contribui para a integração dos diferentes sites. Cada pessoa trabalha em torno de 4 horas por semana no projeto, ou seja, 10% da alocação semanal, o que totaliza, em média, 16 horas por mês. Quando o tema abordado é mais complexo e extenso há, também, a possiblidade de contratar estagiários para trabalharem full time em estudo nas tecnologias dos projetos.
A meta do programa é viabilizar projetos em novos campos de atuação, não só capacitando a instituição nas tecnologias eleitas, mas também preparando os colaboradores para analisarem tendências tecnológicas e áreas para se investir.
 

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