Oficina Blockchain 2017 - Instituto Eldorado
04 de Julho de 2017

Oficina Blockchain 2017

Oficina Tecnológica de Blockchain
Tema do ciclo 2017 do programa Oficinas Tecnológicas, a tecnologia tem aplicações que vão muito além de sua origem em transações financeiras. Rastreamento de alimentos, contratos inteligentes, registro de dados complexos e sistemas de identificação são algumas das possibilidades.
Em seu primeiro ano, a Oficina Tecnológica de Blockchain atuará em três frentes: a acadêmica, buscando entender a padronização e regulamentação da blockchain, a de infraestrutura, avaliando as arquiteturas que já estão disponíveis para aportar essa tecnologia, como, por exemplo, a plataforma Ethereum e, por último, a de possíveis aplicações da blockchain, que acontecerá em parceria com outras oficinas do Eldorado. São 18 colaboradores participando dessa oficina, sendo 15 da unidade de Brasília, 2 de Campinas e 1 de Porto Alegre.
“Por meio do estudo dessa tecnologia, buscamos ser, no futuro, um polo de conhecimento nesse assunto. Além disso, ela permitirá o oferecimento de soluções criativas, inovadoras, mais seguras e de baixo custo de implementação”, conta Marcos Estevam, Líder de Projetos do Eldorado.
Atualmente, a principal e mais conhecida aplicação do blockchain é no processamento da moeda digital Bitcoin. No mundo do Bitcoin, um blockchain é uma estrutura de dados que contém uma entrada financeira. Cada transação dessa moeda é assinada digitalmente e gera um registro inalterável, de alta integridade. Isso se dá pelo fato desses registros serem partilhados entre estruturas computacionais distribuídas. “A solução assemelha-se à arquitetura dos primeiros serviços de compartilhamento de arquivos de música, como Napster e Kazaa, em que um arquivo estava armazenado simultaneamente em milhares de computadores, de modo a garantir sua disponibilidade. No caso do Bitcoin, o armazenamento de dados segue uma estrutura semelhante e a assinatura de cada transação também é autenticada por esse número grande de servidores”, explica Estevam.
Tecnicamente chamada de arquitetura de banco de dados distribuída, essa tecnologia é viável para outras aplicações, como registros médicos, gerenciamento de identidade, transações seguras, registros de documentos em cartório e outros. A blockchain possui aplicações práticas e imediatas nas verticais que são de interesse do Eldorado, como agrobusiness, gas & oil, IoT, energia, saúde e educação. “Essa tecnologia é interessante para o Instituto, pois pode ser embutida em diversos locais, uma espécie de cadeado virtual de dados”, conta Estevam.
Pode-se dizer que o blockchain atua, basicamente, como um livro registro, que mantém uma lista das atividades ocorridas, de forma ordenada e crescente. “Os blocks, blocos de informação, foram pensados para serem invioláveis e resistentes às fraudes. Desse modo, essa ferramenta consegue lidar com problemas de segurança gerados pela comunicação digital, ou seja, envio de mensagens ou requisições conflitantes que, em arquiteturas convencionais, impediriam um consenso entre computadores ou módulos de software em rede”, esclarece Estevam.
Por meio dessa tecnologia, podem ocorrer diversas formas de transações. Para isso, basta que um lado tenha um ‘ativo’, algo a ser negociado, e, para realizar essa transferência digital para o outro interessado, uma rede de confirmadores é necessária. Mais conhecidos como ‘mineradores’, são eles que validam e registram as transações que acontecem e, como recompensa, podem ser ‘pagos’ através de novas unidades de valor processadas, como moedas virtuais no caso das bitcoins, ou acesso a serviços, arquivos, recursos computacionais e outros.  “Trata-se de um ciclo infinito e progressivo”, pontua Estevam. Ao confirmarem e validarem uma transação, o que se dá a cada 10 minutos, um novo bloco é adicionado à cadeia de blocos por um minerador. Dessa maneira, a blockchain vai crescendo e armazenando os dados de todas as transações anteriores.
Sobre as Oficinas Tecnológicas
O Instituto elege entre cinco e oito temas tecnológicos para compor o conjunto de Oficinas. Cada uma delas tem a mesma estrutura de um projeto de P&D que o Instituto conduz com seus parceiros, com um plano de execução, cronograma de atividades, orçamento, gestão dos recursos humanos envolvidos, eventos de capacitação, parcerias externas, metas, relatórios, pontos de demonstração e, dependendo do caso, análise de viabilidade técnico-econômica, análise de Business Case e plano de comercialização.
As oficinas envolvem, aproximadamente, 20% da base de colaboradores por ano. O trabalho envolve as três unidades – Campinas, Brasília e Porto Alegre, o que também contribui para a integração dos diferentes sites. Cada pessoa trabalha em torno de 4 horas por semana no projeto, ou seja, 10% da alocação semanal, o que totaliza, em média, 16 horas por mês. Quando o tema abordado é mais complexo e extenso há, também, a possiblidade de alocações formais, com dedicação exclusiva aos estudos nas tecnologias dos projetos.

Eldorado vai além das aplicações em finanças em sua Oficina de Blockchain

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