Também em tecnologia, o segredo está nas pessoas - Instituto Eldorado
11 de Fevereiro de 2009

Também em tecnologia, o segredo está nas pessoas

(11/Fev/2009)

Também em tecnologia, o segredo está nas pessoas
Por Luiz Sanches*     05/02/2009

O Brasil tem, sem dúvida, uma grande oportunidade de negócios no mercado mundial:  fornecer serviços especializados de Tecnologia da Informação, o que hoje inclui a conexão em rede desses serviços. E a opção de uma empresa, de uma instituição, pelo outsourcing vai muito além de uma possível redução de custos. É preciso entender o quanto essa decisão permitirá realmente manter o foco estratégico no negócio ou atividade fim da organização e selecionar adequadamente o parceiro. A escolha certa depende de fatores que passam pela localização geográfica e estabilidade política da região onde se encontra o prestador desses serviços, pelo raio de ação coberto pela empresa de outsourcing e, ainda, pela qualidade da mão-de-obra que oferece.

Embora seja verdadeiro o argumento de que, em um cenário global, os serviços de TI no Brasil podem apresentar preço mais alto do que em outras regiões de mais tradição no mercado de offshore em TI – e o exemplo sempre citado é a Índia – é certo também que superamos a concorrência internacional em itens de peso. O fato de ser o Brasil um mercado maduro e dinâmico no que toca às Tecnologias da Informação e Comunicações nos dá uma série de vantagens, que de modo algum podem ser dissociadas da capacitação dos  profissionais que atuam nessa área. O profissional brasileiro é uma peça-chave para nossa competitividade, pelo valor que permite agregar aos serviços que prestamos.

Está aí uma grande oportunidade de o Brasil diferenciar-se e mostrar-se competitivo  no mercado global de Tecnologia da Informação e Comunicação. Até mesmo no atual cenário de crise financeira mundial, o mercado de offshore outsourcing pode gerar novas oportunidades de negócios para o Brasil, que se revela uma opção cada vez mais considerada pelas organizações que buscam realmente um serviço de classe mundial.

As organizações que investem seriamente em processos de offshore outsourcing necessitam de uma relação de parceria pautada pela qualidade, tempo de resposta, colaboração e iniciativa para solucionar problemas. Minha experiência como executivo na área de TIC mostra que o brasileiro tem vocação para parcerias, além de uma grande capacidade para aprender e lidar com o novo. Nosso principal insumo para competir nesse segmento é o talento profissional de nossa mão-de-obra que precisa ser valorizada por meio de investimentos.

Durante minha carreira profissional testemunhei em muitas ocasiões histórias de superação em que profissionais brasileiros colocam por terra qualquer idéia preconcebida sobre uma eventual falta de preparação de nossa mão-de-obra para atuar no mercado de TIC, seja em relação à capacidade técnica ou de caráter cultural. Mais recentemente, como executivo da BT, tive o grande prazer de vivenciar mais um exemplo concreto da capacidade de nossos profissionais. Refiro-me ao projeto Fábrica de Talentos, em que a BT é parceira do Instituto Eldorado. A iniciativa tem como objetivo capacitar profissionais e alunos de nível médio e superior em Tecnologia da Informação e Comunicação, preparando-os para dar suporte a clientes internacionais.

Realizando-se o projeto na região de Campinas (SP), reconhecida como um excelente polo de recrutamento de recursos humanos qualificados, não foi surpresa durante a seleção da primeira turma encontrar pessoas com bom nível técnico. Entretanto, com o andamento das etapas de seleção, percebemos que tínhamos em nossas mãos muito mais do que isso. Ao final da seleção, formamos um grupo de profissionais e estudantes que aliava a qualidade do nível técnico a um bom perfil pessoal e, ainda, proficiência em inglês.

O comprometimento e motivação dos participantes que, agora, no início deste ano finalizam o curso também superaram nossas expectativas. Tenho certeza de que a realidade mostrada nesse projeto não é exclusiva da Fábrica de Talentos ou da região de Campinas. Não estamos tratando aqui de uma exceção, mas de uma amostra da qualidade de nossa mão-de-obra e do que pode ser realizado para consolidar o Brasil entre os líderes na rota internacional do offshore outsourcing.

*Luiz Sanches é  diretor geral da BT no Brasil

Fonte: http://bit.ly/1f6J6Y7

Cadastre-se em nossa newsletter

Created By Avanti